terça-feira, 6 de março de 2012

CALENDÁRIO DIOCESANO DE MARÇO 2012

1 a 3
Semana de Capacitação dos Catequistas - nas paróquias
4
Missa de Envio dos Catequistas - nas Paróquias
10
Início da Catequese - Todas as Paróquias
10 e 11
1ª Etapa de Formação do Setor Juventude  - Guaratinga
10 e 11
Encontro de Formação para o Ministério de Família RCC - Eunápolis (local a confirmar)
17
Encontro formação / nucleação MFC - Paróquia São Sebastiao - Porto Seguro
26
Reunião do Conselho Prebiteral
27
Reunião do Clero
31
Reunião do CPD - Conselho Pastoral Diocesano

PALAVRA DE NOSSO PASTOR DIOCESANO

ASSEMBLEIA DIOSESANA
Nos dias 18,19 e 20 de novembro de 2011 a Igreja diocesana de Eunápolis, esteve reunida em assembleia avaliando e planejando a sua caminhada pastoral, para o período de 2012 a 2015, assessorada pelo Cônego Edson José Oriolo, em sintonia com as diretrizes Gerais da Igreja no Brasil e o objetivo Geral da ação da Igreja - Evangelizar, a partir de Jesus Cristo e na força do Espírito Santo, como igreja discípula, missionária e profética, alimentada pela Palavra de Deus e pela Eucaristia, à luz da evangélica opção preferencial pelos pobres, para que todos tenham vida(Jo 10,10), rumo ao Reino  definitivo.
As Diretrizes Gerais da Igreja no Brasil indicam o caminho, com seus aspectos prioritários, princípios e urgências, de um lado, e os planos de pastoral das Igrejas particulares: estabelecem o roteiro específico, com os objetivos, critérios e meios de execução, do outro lado. A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil determinou o objetivo geral. Este objetivo visa iluminar toda ação específica da Igreja no Brasil e constituir a convergência de todas as ações pastorais na unidade da Igreja.
O objetivo geral é a evangelização. Há uma boa nova a ser transmitida, em benefício de toda a população. Nossa boa notícia é Jesus Cristo, Salvador da humanidade. Este objetivo assume sete características fundamentais que se devem fazer presentes em todos os planos de pastoral de nossas paróquias:
1. Faz-se a partir de Jesus Cristo, Caminho, Verdade e Vida. É por Ele que caminhamos, ou, como diz a parábola do Bom Pastor: Ele faz estrada, indo à nossa frente. Ele também é o conteúdo do anúncio: como Verdade. Firmamo-nos em torno dele e a partir dele vemos a realidade. Ele igualmente é a meta a atingir, como Vida em plenitude. Sem Ele não há ação pastoral nem evangelização que se possa dizer cristã. Nossa mensagem não se reduz a uma doutrina, expressa em dogmas, nem a uma moral, sintetizada em regras de ação. Não somos nem mais sábios nem melhores que os outros. O que nos distingue é a atitude de ouvir a voz de nosso Pastor, Jesus Cristo, caminhar com Ele e viver a partir dele, sentindo-nos amados e chamados por Ele.
2. Não confiamos na nossa capacidade nem em nossos planejamentos. Atuamos pela força do Espírito Santo. Ele é o segredo de nossa vida e de nossa ação. É o amor de Deus, derramado em nossos corações. A Igreja de Cristo é animada pelo Espírito Santo. Vive e atua a partir dele.
3. Evangelizamos como Igreja. Não saímos como livres atiradores. Temos consciência de que é a Igreja que evangeliza através de nós. Isto significa evangelizar em unidade, como Corpo, com muitos membros e dimensões. A Igreja e, consequentemente, cada um de nós, seus membros, somos caracterizados por três notas, neste objetivo geral da ação: a) discípula, sempre atenta ao ensinamento de Deus, por Jesus Cristo, no Espírito Santo; b) missionária, empenhada em irradiar a boa nova no mundo, na convicção de que a Igreja foi fundada por Jesus Cristo para ser missionária e que é exatamente esta a sua natureza; c) profética, dentro da terminologia atual, de denunciar desvios, corrupção e males do mundo. Em outras palavras, a Igreja acolhe a evangelização, anuncia a salvação e denuncia a escravização.
4. Para esta sua missão a Igreja, isto é, cada um de nós e nossas comunidades como Igreja, recorre à dupla fonte: a) lê a Palavra de Deus na criação, interpretando os sinais dos tempos; na Sagrada Escritura, onde encontra a Palavra da Salvação; e na Tradição e Magistério que no-Ia transmitem e interpretam. b) Acolhe a Eucaristia, tornando-se Igreja sacramental, com o Cristo presente e o Espirito Santo atuante.
5. Desde o Apóstolo Paulo, os cristãos recebem a orientação de não se esquecer dos pobres (Gal 2,10). A V Conferência de Aparecida mostra os rostos sofredores que mais doem em nós: nos moradores de rua, nos migrantes, nos enfermos, nos dependentes de drogas, nos presos. Cada um vai descobrindo, no dia a dia, outros rostos que apelam por socorro: os desprovidos de alegria, os que choram por uma série de motivos, os fanatizados, os miseráveis...
6. A finalidade da ação evangelizadora se identifica com a missão de Cristo, para que todos tenham vida. É a atitude do Bom Pastor, do Bom Samaritano, do Bom Mestre, do Bom Médico, do Bom Amigo... Numa palavra é a expressão da bondade de Deus que se derrama sobre a humanidade.
7. Não temos aqui morada permanente e definitiva. Se for só para este mundo que depositamos nossa confiança em Cristo, segundo São Paulo, seríamos os homens mais infelizes do mundo. Estamos a caminho do Reino definitivo. Não podemos perder a perspectiva final, olhos sempre fixos na meta, que é o céu.
Nossos planos de pastoral devem, pois, contemplar e inspirar-se nestas sete características. As Diretrizes Gerais da Ação Evangelizadora nos põem diante de cinco urgências. Consequentemente abrem cinco perspectivas correspondentes. Isto significa que nosso plano de pastoral deve ter presente que: 1. a Igreja está em estado permanente de evangelização; 2. a iniciação à vida cristã perpassa todas as idades e todas as pastorais; 3.uma animação bíblica deve perpassar a vida e a pastoral; 4. não bastam as comunidades de base. É preciso uni-las na grande comunidade da Igreja, como comunidade de comunidades; 5. nunca esquecer que a Igreja, isto é, toda pastoral, está a serviço da vida plena para todos.
Vinde e vede! – Caminhemos com Maria, Mãe e Serva, na certeza que caminhar com Maria é seguir Jesus Cristo.
Dom José Edson Santana Oliveira
Bispo Diocesana de Eunápolis.
Costa do Descobrimento.