segunda-feira, 29 de novembro de 2010

ASSEMBLEIA DIOCESANA

Nos dias 26, 27 e 28 de novembro, na Casa de Retiro em Eunápolis, aconteceu a XIV Assembleia Pastoral Diocesana. As paróquias, quase-paróquias, movimentos, pastorais e serviços se reuniram para fazer uma avaliação da sua caminhada em 2010, e projetar novos planos para 2011. Logo no primeiro dia, o bispo de Eunápolis, D. Jose Edson Santana Oliveira fez a sua avaliação. No segundo dia, além das reflexões sobre a nossa condição pastoral, conduzidas pelo calas Jacilda e Fernando e novos desafios, foi apresentado aos participantes pelo Pe. Aleesandro Colen, coordenador de pastoral diocesano, um projeto pastoral baseado no Documento de Aparecida.
No terceiro dia, houve o planejamento e algumas colocações práticas a respeito do próximo ano, tendo em vista a celebração das Bodas de Crista da diocese. Durante todos os dias havia um momento celebrativo e orante.
Nossa paróquia estava representada pelo Frei Antoniel,MsS, por Renilda, coordenadora do CPP e Raymundo, coordenador do CAE!

quinta-feira, 25 de novembro de 2010

APROFUNDANDO-SE NOS DEZ MANDAMENTOS

Quarto Mandamento: Honrar Pai e Mãe.
Visão Positiva
1.O respeito aos pais vem como desdobramento do respeito a Vida e a Família, visto que eles são os colaboradores de Deus na geração dos novos homens e mulheres. A Família é chamada a IGREJA DOMÉSTICA, A CÉLULA ORIGINÁRIA DA SOCIEDADE.
2.Cristo Jesus quis se encarnar no seio de uma família junto com Maria e José.
3.A Igreja é a grande família de Deus tendo o Senhor como Pai, Cristo como irmão e Maria a mãe de todos os povos.
4.Como consequência deste preceito fica o dever do respeito as autoridades legitimamente constituídas pois assim como os pais recebem do próprio Deus o seu poder IPe 2,18-22.
5.CIC n. 2201 “A comunidade conjugal está fundada no consentimento dos esposos. O casamento e a família estão ordenados para o bem dos esposos, a procriação e a educação dos filhos”.
6.Os pais devem estar abertos a acolher o número de filhos que Deus lhes quiser enviar.
7.Só se pode chamar família aquela comunidade composta de dois cônjuges, homem e mulher, juntamente com seus filhos nunca se pode chamar família uniões homossexuais, ou coisa do gênero.
8.Só se pode chamar família aquela comunidade composta de dois cônjuges, homem e mulher, juntamente com seus filhos nunca se pode chamar família uniões homossexuais, ou coisa do gênero.
9.Cabe aos pais o direito e dever insubstituível de educar seus filhos em todas as dimensões, cultural, religiosa e inclusive sexual pois é no seio da família dimensões, cultural, religiosa e inclusive sexual pois é no seio da família através do testemunho dos pais que os filhos aprendem o que significa uma comunhão de amor, continência, oração, fé, virtudes...
10.O Estado e a Igreja apenas são estruturas de auxilio e nunca pode suprimir, sufocar ou substituir esta função educadora dos pais. Podem os pais, contudo criar associações e agremiações que os auxilie concretamente a sua paternidade de acordo com suas convicções religiosas e morais.
11.O quarto mandamento não apenas diz respeito aos direitos dos pais sobre os filhos, como também o seu contrario: o direito dos filhos em relação aos pais.
Concretização
1.Os filhos devem sempre respeito e obediência aos pais a menos que aquilo que for ordenado implique em algo contra a Fé e a Moral.
2.Os filhos devem aceitar com reverencia e de bom grado a correção de seus pais principalmente quando for em vista da reparação de algo errado que realizaram e em vista da sua educação e amadurecimento. Eclo 30,1-2; Ef 6,4
3.Caber aos filhos o cuidado aos pais quando estes se encontrarem em estado critico de saúde ou de idade avançada; dando preferência para um cuidado pessoal e dentro do próprio âmbito familiar a não ser que seja sumamente impossível, assim evitando qualquer tipo de postura que implique no abandono e solidão dos pais como os encarcerar em um asilo de idosos.
4.Os filhos devem gozar de liberdade na escolha de sua profissão e vocação.
Virtude
1.Piedade, Obediência e Amor filial.
2.Respeito, cuidado e atenção filial.

BINGO BENEFICENTE E MISSA DA SAÚDE

A Paróquia Nossa Senhora do Carmo está promovendo um grande bingo beneficente, tendo em vista as devidas reformas de nossas igrejas!
1º prêmio: uma geladeira
2º prêmio: um Uno 0 Km

Valor: R$20,00
A correr no dia 27/02/2011 no Estádio de Belmonte!
Participe!


E no dia 26/03 estaremos celebrando em nossa Paróquia a Missa da Saúde com Frei Rinaldo Stecanela, da Tv Século XXI, a partir das 16:00h. Você é nosso convidado para este momento de bençãos e cura em nossa paróquia!

quarta-feira, 17 de novembro de 2010

A Paróquia, o que é?

A paróquia é “casa de Deus” no meio das casas dos homens, templo de Deus edificado por pedras vivas, que são todos os batizados; é o “corpo de Cristo”, através do qual Ele continua a se expressar, a ir ao encontro das pessoas e a realizar sua tríplice missão entre os homens; é o concreto e visível “povo de Deus”, que irradia no mundo a luz de Cristo, difunde o sal e o fermento benéfico do Evangelho e vai fazendo aparecer os sinais de que o Reino de Deus anunciado já está no meio de nós. Na paróquia, a Igreja inteira se expressa e realiza a missão recebida de Cristo: a) anunciar e acolher a Palavra de Deus; b) testemunhar a vida nova recebida no Batismo, buscando e expressando a santidade de vida; c) organizar e realizar a caridade pastoral, em nome de Jesus, Bom Pastor, e a seu exemplo.
Muitas poderiam ser as definições da paróquia; cabe-lhe bem o conceito de “comunidade missionária dos fiéis em Cristo” no meio do mundo. Ela é comunidade de comunidades, pessoas, grupos, organizações e instituições, que estão a serviço da missão recebida de Cristo; esta mesma missão se expressa na diocese, confiada ao bispo, sucessor dos Apóstolos, e na sua universalidade da Igreja, confiada ao pastoreio do Sucessor de Pedro, comunidade de comunidades de discípulos missionários de Jesus Cristo no meio do mundo.
A paróquia é o ícone visível daquilo que a Igreja de Jesus Cristo é na sua totalidade. Evidentemente, nenhuma paróquia se basta a si mesma, nem realiza sozinha e autonomamente a sua missão, mas o faz na comunhão da Igreja particular (a diocese) e da comunhão universal da Igreja. Contudo, a paróquia é a Igreja “na base”; se ali a vida e a missão da Igreja acontecem, também na grande Comunidade eclesial elas acontecem; do contrário, a Igreja corre o risco de “rodar no vazio” e de se reduzir a uma série de instituições, sem chegar ao povo e às pessoas concretas.
Dom Odilo Cardeal Pedro Scherer - Arcebispo de São Paulo

quinta-feira, 11 de novembro de 2010

Assembleia do Povo de Deus

O que vimos foi um relato das paróquias e foranias de como foram acolhidas as Diretrizes diocesana, quais as dificuldades encontradas; especialmente quanto à prioridade fixada: Formação, Família, Juventude, para chegarmos a Renovação das Paróquias. E a partir dessa, revisão, uma nova proposta será formulada, desta vez mais amadurecida, e já iluminada pelos avanços e tropeços desses anos de intenso trabalho na diocese. Uma visão geral da Assembleia do Povo de Deus pode ser de grande proveito para os nossos diocesanos, para reflexão pessoal ou comunitária, nos conselhos, coordenações e nos encontros de grupos e serviços pastorais.
Recordando o caminho feito
Sob o impacto da Conferência de Aparecida, que aconteceu em 2007, e das Diretrizes da CNBB para 2008 a 2010, a Igreja abraçou como prioridade, a Renovação Paroquial, dando pistas para que as nossas paróquias se tornassem mais missionárias. Você pode perceber quais os caminhos que a nossa diocese tomou:
• As paróquias renovaram os Conselhos Paroquiais. Muitas não funcionavam bem. Todas passaram a dar importância ao CPP e o CAE nas decisões comunitárias.
• O Documento de Aparecida passou a ser instrumento juntamente com as Diretrizes, pelos padres, nas foranias, e polos leigos, nos conselhos,
• A Equipe Missionária Diocesana começou a estudar uma proposta adequada à nossa realidade, preparou os primeiros missionários e deu início ao itinerário missionário nas Paróquias. Algumas paróquias deram passos concretos na linha missionária, incluindo a formação de leigos, visitação, introdução da Infância e Adolescência Missionária, Visita da Imagem de Nossa Senhora D’ Ajuda entre outras iniciativas.
• A Pastoral Familiar começou pelo estudo das Diretrizes, e tem marcado presença nas paróquias, nas celebrações da Semana da Família, no Congresso da família, no dia do nascituro e outras ocasiões. O Encontro de Casais com Cristo e Cursilho de Cristandade já foram implantados em diversas paróquias. Há um esforço de repensar e melhorar os Encontros de Noivos e Batismo, e começa a preparação para acolher os casais em segunda união.
• Alguns movimentos e grupos adotaram o modo da Leitura Orante da Bíblia e já percebem os frutos dessa prática.
• As Diretrizes Sacramentais Diocesana e do Conselho Econômico e Pastoral começou a ser mais conhecido e colocado em prática.
Há outros tantos pontos de renovação que aconteceram nestes anos. Cito apenas estes, por estarem mais ligados às "pistas" de ação evangelizadora Diocesana. Estes, contudo, já demonstram que grandes passos estão sendo dados na linha da renovação paroquial.
O que poderia ser melhor
Tivemos também dificuldades, especialmente nas áreas de Iniciação à Vida Cristã e Grupos de Reflexão. A Iniciação à Vida Cristã, grande bandeira do Ano Catequético, ainda não foi assimilada na maioria das paroquias. Os pequenos grupos que o Documento de Aparecida propõe, para que a Paróquia se torne uma "rede de comunidades", Em nossa diocese já vivemos esta realidade desde o dia da fundação da diocese... Faz-se necessária uma mudança de mentalidade dos lideres de grupo e pastoral, do clero, do povo cristão. E isso acontece aos poucos. Há que preparar o terreno, colocar a semente, esperar e confiar no Espírito Santo, que é ele quem conduz a nossa Igreja. É o sopro do Espírito que está nas palavras do Documento de Aparecida pedindo para empreendermos o caminho missionário. A Catequese do Brasil sugere que se faça a experiência de formar discípulos através do itinerário da Iniciação. A Igreja vem agora dizer que a força unificadora para levar adiante a renovação paroquial é a Palavra de Deus, que nos coloca em contato direto com Jesus Cristo, A afirmação mais clara e insistente, é de que não acontecerá renovação alguma nas nossas paróquias, sem uma aproximação intensa, orante e definitiva com Jesus Cristo e sua Palavra. Se abrirmos caminho para a Palavra, vivida e transformada em oração, se nos tornamos, de fato, discípulos da Palavra, a renovação pastoral virá. Caso contrário será apenas mais um plano de estratégias e métodos, desses que vêm e depois desaparecem como fumaça:
Vamos pensar juntos
Temos que ir amadurecendo as ideias, preparando o terreno para viver o que vamos decidir em nossa Assembleia Diocesana. Daí a importância de começarmos desde já a colher sugestões, conversar em nossos conselhos, trocar ideias nos movimentos, serviços e grupos de pastoral. Sugiro aqui alguns pontos:
1. A Bíblia - Além das leituras ouvidas nas missas e cultos dominicais, quais as ocasiões de contato com a Palavra de Deus que acontecem nos seus movimentos, comunidade local? Você já participou de algum curso bíblico promovido regularmente pela paróquia ou por algum movimento? Quem quer conhecer mais a Bíblia encontra na Paróquia o que procura? As equipes de pastoral, os movimentos, têm a Bíblia como livro de orientação e oração, para iluminar suas atividades? Os Grupos de Reflexão Permanentes são acompanhados na sua paróquia? Contam com incentivo? Como podem ser multiplicados e alimentados? Há pessoas habilitadas para orientar esses grupos? Como fazer chegar a Bíblia até os mais pobres, para os quais o preço é inacessível e a leitura é difícil? Os adolescentes e jovens que terminam a catequese, continuam a ter contato com a Bíblia? Que caminhos podemos abrir para que os fiéis cheguem ao alimento da Palavra de Deus?
2. A Iniciação - O itinerário da Iniciação à Vida Cristã Depois disso foi tema de palestras, estudo dos Catequistas, quem sabe tema de leituras e entrevistas nas revistas cristãs e nas TVs católicas. Você sabe o que é iniciação? Sua comunidade tem atividades que levam a uma verdadeira experiência de encontro com Jesus Cristo vivo, a uma paixão pelo Reino de Deus? Quais são essas experiências e quais os resultados? Precisam de iniciação ao Mistério de Cristo não só os que ainda não ouviram falar dele, mas também aqueles que já receberam os sacramentos, mas vivem sua fé sem entusiasmo e sem compromisso de discípulos. É preciso reavivar o dom do encontro com Cristo vivo. Por onde começar? Que caminhos podem nos levar a essa iniciação de toda a comunidade paroquial?
3. Conversão pastora l- O Documento de Aparecida (DA,365ss), chama de "conversão pastoral" a decisão corajosa de abandonar aquilo que não favorece a transmissão da fé, dedicando espaços e recursos a novas formas de evangelizar. O que precisaria ser abandonado? Que novas formas de evangelização podem ser propostas? Paróquia deve ser comunidade missionária?
Considero que é necessário a “conversão missionária” das organizações e estruturas pastorais, em particular da paróquia, com tudo o que ela significa.
A paróquia deve-se tornar mais “comunidade de comunidades, grupos, associações, movimentos e organizações de discípulos missionários, que nela vivem e se expressam”.
Vejo a necessidade de se tomar uma nova consciência sobre a realidade da paróquia, no sentido teológico e pastoral, superando uma visão apenas burocrática ou jurídica.
“Ela é o rosto mais visível e concreto do Mistério da Igreja, ‘sacramento de salvação’ no meio do mundo; é uma comunidade de batizados, congregados em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo, vivendo a fé, a esperança e a caridade.”
A paróquia “se reúne em torno de Jesus Cristo, Senhor e Pastor da Igreja, representado visivelmente pelo ministro ordenado, que está no meio dela e à sua frente para servi-la na caridade. A assembleia eucarística é a expressão mais visível e sacramental da Igreja”.
A paróquia é, portanto, “casa de Deus’ no meio das casas dos homens, templo de Deus edificado por pedras vivas, que são todos os batizados; é o ‘corpo de Cristo’, através do qual ele continua a se expressar (...); é o concreto e visível ‘povo de Deus’, que irradia no mundo a luz de Cristo”.
Na paróquia, a Igreja inteira se expressa e realiza a missão recebida de Cristo: “anunciar e acolher a Palavra de Deus; testemunhar a vida nova recebida no Batismo, buscando e expressando a santidade de vida; organizar e realizar a caridade pastoral, em nome de Jesus, Bom Pastor, e a seu exemplo”.
Uma definição que cabe bem à paróquia é de “comunidade missionária dos fiéis em Cristo no meio do mundo”.
A paróquia “é o ícone visível daquilo que a Igreja de Jesus Cristo é na sua totalidade. Evidentemente, nenhuma paróquia se basta a si mesma, nem realiza sozinha e autonomamente a sua missão, mas o faz na comunhão da Igreja particular (a diocese) e da comunhão universal da Igreja”.
Contudo, a paróquia “é a Igreja ‘na base’; se ali a vida e a missão da Igreja acontecem, também na grande comunidade eclesial elas acontecem; do contrário, a Igreja corre o risco de ‘rodar no vazio’ e de se reduzir a uma série de instituições, sem chegar ao povo e às pessoas concretas”.
4. Soma e divisão - Há uma percepção generalizada de que as pastorais, os movimentos de espiritualidade, os diversos segmentos das comunidades paroquiais não atuam articulados, como uma família, mas isoladamente, como se cada um cuidasse só do seu pequeno canteiro. Isso enfraquece a vida comunitária e até pode ser fonte de tensões e conflitos. Se existem esta divisão, quais as razões? . Que ações favorecem a superação dessa dificuldade?
5. Formação - Vivemos em tempos de rápidas mudanças. Impossível acompanhá-las sem uma permanente formação pessoal e comunitária. Todos sabem que a formação exige um tempo de que não dispomos, recursos que não temos suficientes, pessoas preparadas, que são raras e muito ocupadas. Tudo isso levado em conta, não podemos viver sem ela. Sua comunidade oferece oportunidade de formação? Reserva recursos pra isso? Oferece, mas não há pessoas interessadas? Que fazer para tornar mais sólido o conhecimento e o compromisso com a fé?
Estou deixado inúmeras perguntas em aberto, nem sempre fáceis de encontrar respostas, concordo. Podem até deixar uma sensação de incerteza e desconforto. Mas podem provocar-nos a tentar novas estradas, sem medo e sem desânimo. Confio nisso, e também naquele que disse: "Eu estou convosco todos os dias (Mt 28,20)". Portanto a sua Palavra não é para nós uma lembrança do passado. Ele nos convoca hoje. E essa Palavra deverá nos mover para a renovação que buscamos.
Sobre o futuro
Igrejas, ministérios, organizações têm se voltado para a juventude. A necessidade de uma linguagem específica para este público, a renovação das lideranças, o potencial conflito entre gerações, o desejo de resguardar os jovens dos apelos mundanos são alguns dos motivos para tal olhar.
Os jovens vêm de fato ocupando espaços importantes como promotores do reino de Deus. Muitos se sentem chamados e desejosos de servir a Deus em ministérios específicos, em missões e em suas profissões. Outros talvez mais convencidos do que a geração anterior sobre as consequências do mandato cultural, sentem-se vocacionados a servir a Deus na arte, política, ciências sociais, música, literatura etc. Estes precisam de oração, "envio" e acompanhamento tanto quanto aqueles.
Alguns jovens naturalmente desejam introduzir novidades na Igreja: na forma de se relacionarem, nas noções de autoridade e hierarquia, na liturgia etc. Eles precisam ser escutados e, algumas vezes, confrontados.
Os jovens que estão titubeantes na fé devem ser primordialmente, acolhidos. Eles precisam de espaço para questionar sem ser rechaçados, buscando assim respostas em campo seguro. Os que vivenciam conflitos por causa de sua conduta moral precisam de abertura para conversas francas. Os que buscam a igreja principalmente como espaço de apoio emocional precisam ser desafiados a uma fé mais profunda.
Em todos os casos, a Igreja precisa fazer questão de estar com os jovens. E os jovens precisam fazer questão de estar com a Igreja. Jesus planejou uma Igreja intergeracional, em que velhos, adultos, jovens e crianças compartilhem entre si suas experiências únicas e adorem a Deus juntos com a humanidade e a grandeza próprias de cada fase da vida.
O tempo não para; os jovens, sempre os teremos conosco. Cada geração levantará questões à geração seguinte. A respeito dos jovens e adolescentes de hoje, poderíamos perguntar:
Serão profundos conhecedores da Palavra de Deus? Serão corajosos o suficiente para assumir uma fé exclusiva, num ambiente cada vez mais plural e relativista? Deixarão que as marcas de uma sociedade que se guia pelo mercado pautem as suas prioridades e suas agendas? Conseguirão não se deixar levar pela força de um evangelho adocicado, que faz bem apenas às emoções? Anunciarão o evangelho? Serão melhores promotores da justiça do reino? Estarão dispostos a sofrer por Cristo? Serão menos sectários? Caminharão um pouco mais na direção da unidade da igreja? Permanecerão firmes na moral cristã? Criarão seus filhos e suas filhas no caminho do Senhor? O que farão com a história das gerações que os precederam?
Essas perguntas podem contribuir para a pauta a ser elaborada pelas Paroquias e ministérios com e para os jovens. Abrir-se para os jovens é abrir-se para o novo. E mesmo que o novo pareça ameaçador, ele é fonte de renovação.

Eunápolis, 10 de Novembro de 2010.
Dom José Edson Santana Oliveira.
Bispo diocesano de Eunápolis.
Costa do descobrimento.
Até o dia 26 de novembro, na Casa de Retiro Sagrado Coração de Jesus, das Irmãs Missionárias Servas do Senhor.

quarta-feira, 3 de novembro de 2010

APROFUNDANDO-SE NOS DEZ MANDAMENTOS

Terceiro Mandamento: Guardar Domingos e Festas
Visão positiva
Pede-nos consagrar ao serviço de Deus o domingo e os dias de festa, e dedicá-los ao descanso.
- O sentido destas festas é recordar a obra criadora de Deus, sua ação salvífica em favor dos homens e opor-se à servidão do trabalho e ao culto do dinheiro.
- Contribui para cultivar a vida familiar, cultural, social e religiosa. (CICat 2168). O 3° mandamento do Decálogo lembra a santidade do sábado: "O 7º dia é sábado; repouso absoluto em honra do Senhor" (Ex 31,15).
- Jesus ressuscitou dentre os mortos "no primeiro dia da semana" (Mc 16,2). Enquanto "1º dia", o dia da Ressurreição de Cristo lembra a primeira criação. Enquanto "oitavo dia", que segue ao sábado, significa a nova criação inaugurada com a Ressurreição de Cristo. Para os Cristãos, ele se tomou o 1º de todos os dias, a primeira de todas as festas, o dia do Senhor, o "domingo".
Concretização
Combate ao laicismo e secularismo (uma visão autonomista do homem e do mundo, que prescinde da dimensão do mistério, descuida-a e inclusive a nega) presentes hoje em nossa sociedade, levando muitas pessoas a negarem Deus e terem o domingo como um dia qualquer, ofendendo a Deus e rejeitando a obra da salvação.
Virtude
A fé, virtude teologal pela qual cremos em Deus e em tudo o que nos disse e revelou, e que a Santa Igreja nos propõe para crer, porque Ele é a própria verdade.

OS SETE SACRAMENTOS EM NOSSA VIDA

Os sinais (Sacramentos) são 7 porque Jesus está presente em toda a vida humana que se compõe de 7 momentos importantes:
Nascimento: surgimos para a vida, para uma família, sem ele não há o resto da história
Batismo: é o nascimento para Deus, sem ele não há o resto da história da vida de fé. Tornamos-nos seus filhos e parte de sua família (Igreja).
Alimento: sem o qual não se pode continuar vivo.
Eucaristia: sem o alimento a vida de fé morre. E o alimento é o próprio Deus feito homem (Cristo).
Maturidade: crescemos, assumi-mos nossa própria vida e nossas es-colhas. Lutamos com força de vontade para conseguir nossos objetivos e provarmos aquilo em que acreditamos.
Confirmação: somos adultos na fé. Lutando com a força do Espírito Santo para defendermos nossa crença em Deus e nos esforçando para testemu-nhar seu amor.
Ofensa-Perdão: erra-se, ofendendo a si mesmo e ao outros. E fazemos as pazes pedindo perdão a quem ofendemos.
Penitência: quando se erra, ofendendo a Deus, a si mesmo e ao outros, o próprio Deus nos convida à reconcilia-ção, mas também é preciso reconhecer o erro e pedir perdão.
Trabalho: todos sentem necessidade de se dedicar a uma tarefa, a um serviço em especial que seja útil à sociedade.
Ordem: Deus chama alguns para ser-viços especiais, à semelhança de seu Filho que veio servir. Este serviço (ministério) é em favor de todos os homens.
Amor e Procriação: muitos sentem vontade de dividir a vida com alguém. Querem gerar outras vidas, produzir frutos.
Matrimônio: Cristo ama sua esposa, a Igreja, e se une a ela em seu Eterno Amor. Esse amor se reflete no casal, que também gera vida, como Deus gerou na Criação do mundo.
Doença, Velhice, Morte. São realidades duras, mas presentes, donde se pode desesperar, se não se está preparado, ou se tirar lições de força e esperança. Diante da doença pro-curamos um tratamento adequado.
Unção dos Enfermos: Diante das realidades duras da vida, Jesus traz o conforto e a esperança (cura espiritual), fazendo-nos entender que também Ele sofreu e morreu, mas ressuscitou. E quando oportuno traz também a cura física.

Finalidade dos Sacramentos:
I. Pessoal: a própria santificação.
II. Eclesial: edificação da Igreja, para a constru-ção da Igreja, essa sem os sacramentos se acaba;
III. Cultual: os sacramentos são celebrados para a glória de Deus “Santo, Santo, Santo, Senhor Deus do Universo” (Ap 4,8).
IV. Pedagógica: cada sacramento nos ensina algo. Batismo: nascemos para Deus; Eucaristia: que temos sede e fome; Crisma: precisamos ser fortes e lutar até o martírio; Con-fissão: que estamos sujos; Unção dos En-fermos: a cura do corpo e da alma; Matrimônio: compartilhar o amor com outra pessoa; e Ordem: a ter um coração acolhedor, universal. Compartilhar com Deus nossa vida.